segunda-feira, 30 de julho de 2007
Morre Bergman
Morreu Ingmar Bergman, muito provavelmente um dos cinco maiores cineastas de todos os tempos. De sua morte, todo cinéfilo que se preze já ficou sabendo. E eu não teria muito que acrescentar sobre o mestre com algo que não tenha sido dito pelos jornais, vespertinos, televisões e sites de todo mundo. Mesmo porque, ainda não assisti muitos dos seus filmes, portanto, não seria o mais indicado a fazer um homenagem mais digna. Porém, um blog de alguém que se diga cinéfilo extremado não poderia deixar de dedicar um espaço ao gênio que nos deixou. Com um estilo inconfundivel, sua sensibilidade criadora conseguia aprofundar em cada filme os aspectos principais da psicologia humana: a dor, a angústia, o medo, etc. Tudo com uma linguagem formalmente brilhante, nunca deixando de abordar intensas discussões existenciais, metafisicas e religiosas (na procura de um deus ausente). Nesse retrato da condição de solidão irremediável do individuo à qual todos nós estamos condenados, em obras quase sempre descendo às profundezas da alma humana, o universo feminino ocupou um espaço cada vez mais importante à medida que sua obra foi evoluindo desde que sua carreira adquiriu maior consistência e fôlego na década de 50. Seu primeiro filme, Crises (1945), que já se concentrava em conflitos familiares (o que seria uma das marcas registradas de sua filmografia), ainda era influenciado pelo realismo poético franc~es, especialmente o de Marcel Carné. Seus vários filmes naqueles anos seguintes, dizem os historiadores que o conferiram, seguiam essa tendência, eram de valor desigual, até que na década posterior adquiriu valor próprio e personalidade cinematográfica impar, passando a fulgurar entre os primeiros do Olimpo dos Deuses do Cinema. O Panteão dos Intocáveis é para poucos. E Bergman desde que entrou nele,nunca mais o abandonou. Vá com Deus, Ingmar Bergman!
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